20 julho 2011

Em Julho
7 razões ao acaso para dias de silêncio

ou

Como o tempo passa sem sentirmos quando tudo está bem

ou

Mais um tomo na teoria do "escreve-se mais quando dói
e menos quando se está feliz"

1. O Tigy diz que vai casar comigo a 19 de Dezembro, enche-me de frases como "Adoro-te" e "És a maior" e torna-se cada dia mais curioso e mais sensato.

2. Desde que comecei a ler "O Monte dos Vendavais" começou o verão mais ventoso de todos os tempos. (Aviso que ainda vou no capítulo XIV...)

3. Não há nada que me deixe mais orgulhosa do que estar com pessoas que não via há algum tempo e todas dizerem: "Bem, o Tigy está tão diferente..." e o diferente significar: muito melhor.

4. Gosto cada vez mais da forma natural como digo o que penso a quem merece ouvir. Explicaram-me que isso quer dizer "auto-confiança", coisa que tinha perdido e, finalmente, reencontrei.

5. Ando a treinar fazer ovos estrelados, porque eu gosto, e puré de maçã, porque o Tigy gosta.

6. Ao fim de tantos anos enganada descobri que adoro ananás na pizza, que ouço mais música sem letra do que com ela e que é possível emagrecer um quilo numa semana sem passar fome.

7. Sei enumerar mais razões para acordar de manhã do que para deitar à noite e sei dizer, muito depressa, 20 nomes de pessoas realmente minhas amigas e sem as quais eu não conseguiria viver.

14 julho 2011

As perguntas que ele faz
(mas muitas vezes) #13

A pergunta:
Mãe,
quando eu era bebé o que é que eu comia?

A resposta determinada:
Então, leite, papas e sopa.

A desconfiança:
E eu gostava?

A certeza:
Sim, gostavas muito. Do que tu mais gostavas era de Nestum de chocolate.
Sabes como lhe chamavas? “Papa do caco”!

Ele ri-se muito e, depois de uns segundos de silêncio, remata o diálogo com um tom nostálgico:
Ai ai... Velhos tempos!