23 outubro 2005

Bebé crescido


Sem eu sequer ter dado por isso,
passaram dois meses e o meu bebé tem mudado.

Num cantinho do armário já está roupa que não serve... o choque quando as molas não queriam apertar, a desconfiança de que o programa da máquina de lavar não tinha sido o correcto, a conclusão de que a roupa tinha o mesmo tamanho - o Tigy é que não!
Uma muda de fralda mal sucedida, em que as necessidades do meu bebé se tinham espalhado pela roupa, porque a fralda já não aperta como dantes... até parece que já não serve.
Um passeio à rua com um novo olhar sobre a cadeira do meu pequenino rapaz... vejam lá que já não se perde dentro do ovo, já se senta e encosta a cabecinha nos sítios correctos, parece que vai mesmo confortável. E como custa pegar-lhe.
Momentos ao colo em que o seu corpo já não se perde nos meus braços, enche-os por completo, faz-me reforçar os músculos e dobrar o cuidado.
E como os seus olhos me olham, como percorrem toda a casa, parando nas lâmpadas do tecto, nos quadros da parede, nos bonecos, nos meus olhos também!

Desdobrei as roupas de 3 meses, comprei fraldas tamanho 3, ajustei os cintos da cadeira, habituei os braços a um novo peso e fixei os meus olhos nos dele: "Tigy estás mesmo a crescer. E nem sabes como já tenho saudades do antes...".

11 outubro 2005

Sonhos de pais


Sempre achei curiosos aqueles comentários acerca dos desejos dos pais para os seus filhos e sempre concordei que os adultos desejam para as suas crianças a concretização dos seus próprios sonhos... os impossíveis. Eu e o meu Beg desejamos para o Tigy um futuro profissional bem longe das ciências sociais, ainda mais do jornalismo... No futebol, no golf, no ténis ou na fórmula 1 é que estão as melhores carreiras, plenas de facilidades, de sucesso e de dinheiro. Ou então na medicina. Repito vezes sem conta ao Tigy: "Meu filho: médico é que é bom!" Por vezes, ainda se aflora a via política... Mas conclui-se sempre que a política não é um meio muito "seguro" e, principalmente, consensual cá por estes lados. E são este tipo de percursos que se vão desenhando aqui, perante um sono tranquilo de um pequeno menino apenas com alguns dias de vida.
Por outro lado, os grandes sonhos que se falam repetidamente aqui em casa estão ligados às artes. O Beg quer ver o Tigy sentado ao piano ou agarrado ao violino; eu recordo os tempos em que me via bailarina e concluo: "Tem de vir a menina para a pôr no ballet".
No fim de tudo, e até à próxima conversa sobre "Que desejamos para o nosso bebé quando for grande!", fica uma vontade inquietante que ele seja, acima de tudo, feliz. E se para isso se meter por entre letras, livros e teorias, seguindo o exemplo dos papás... que seja! Mas depois não diga que não avisámos!

03 outubro 2005

Uns dias por lá



Nós os dois por lá estivemos juntos mas sempre acompanhados. Presentes na vida de quem gostamos, atentos às suas rotinas, partes integrantes do seu tempo.
Nós os dois por lá vimos lugares da mamã que agora também são do filho, visitámos muitos colinhos, recebemos muitos presentes... E o Tigy na terra da mamã foi feliz!